O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) aprovou esta semana liberação R$ 1,73 milhão, por meio da Lei Rouanet, para a restauração dos forros, coberturas e fachadas da Faculdade de Direito do Recife, projetada em 1888. Somando esse patrocínio à verba liberada pelo Grupo Votorantim, pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) chega-se aos R$ 3,2 milhões necessários para a execução do projeto.A recuperação dos pisos, esquadrias, arquivo, pinacoteca, hemeroteca e obras raras ainda não será contemplada, assim como a reforma da Praça Adolfo Cirne, onde está localizada a instituição. Este ano, fachada, forro e cobertura do lado esquerdo do prédio, onde há três anfiteatros, já foram revitalizados.
O patrocínio do BNDES representa 54% do custo das obras e exige, em contrapartida, um plano de uso público, incluindo o prédio e seu acervo em roteiros de visitação cultural e histórica para a população.
As obras incluirão intervenções nos forros, estruturas metálicas dos intradorsos e coberturas, além do revestimento das abóbodas. As calhas serão impermeabilizadas e as fachadas recuperadas.
“Recebemos essa notícia com grande felicidade, pois viabiliza boa parte da revitalização. Agora ficam de fora os pisos, esquadrias, arquivo, pinacoteca, hemeroteca e obras raras”, disse a diretora da Faculdade de Direito do Recife, Luciana Grassano. Segundo ela, ainda não é possível estabelecer uma data para o início das obras, pois é necessário fazer licitação, prevista para o início de 2008.
A instituição deve concluir em fevereiro o projeto que elabora junto à Fudação Joaquim Nabuco para recuperar a pinacoteca e as peças raras da Faculdade. Já o plano de execução das obras de recuperação do arquivo e da hemeroteca ainda não tem prazo para ser concluído.
Para a reforma da Praça Adolfo Cirne, o centro de ensino busca apoio da Prefeitura do Recife. “A Emlurb já nos enviou na semana passada um orçamento de aproximadamente R$ 80 mil. Estamos tentando marcar uma reunião com representantes do órgão para conversarmos”, afirmou a diretora.
Desde 2005 a Faculdade de Direito e a UFPE tentam angariar fundos para a reforma do prédio. Em 4 de julho deste ano, foi lançada a campanha O Direito Passa Por Aqui para mobilizar a sociedade para a importância da instituição tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1979.
Fonte: Jornal do Commércio (Caderno Cidades) em 15/12/2007


Um comentário:
A FDR certamente viverá um novo tempo nos próximos anos, não apenas de reestruturação física, mas também de sua cultura. O MFI, neste sentido, possui um importante papel a cumprir, à frente do DADSF, como instrumento propulsor de mudanças e da garantia de efetivação de sua função social para que nossa Faculdade seja palco de grandes diálogos e construção de pensamentos com referencial na sociedade.
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