Os que morrem pela liberdade, nascem para a eternidade". Essa frase presente em um busto, na Praça Adolpho Cirne, em homenagem ao combativo estudante da Faculdade de Direito do Recife, Demócrito de Souza Filho, carrega as marcas deixadas por este companheiro, traduzindo os ideais de liberdade e democracia por que tanto lutou a Geração de 45. As lutas libertárias das gerações posteriores de estudantes e dos movimentos sociais no combate às opressões existentes também foram influenciadas pela figura arrojada de Demócrito.
Há exatos sessenta anos, no dia 3 de março de 1945, o companheiro Demócrito de Souza Filho era assassinado pelas fileiras do autoritarismo da ditadura varguista do Estado Novo, quando, após uma passeata onde levava o estandarte vermelho dos estudantes da Escola do Recife, como ficou conhecida a Faculdade de Direito, rumo ao Diário de Pernambuco, protestava contra o regime autoritário de Vargas, em uma brava luta pelas liberdades democráticas. Inclusive, bastante representativo foi o destino dessa ousada passeata, qual seja, o Diário de Pernambuco, que traduzia a liberdade de Imprensa então cerceada, tão cara na simbologia da luta de Demócrito.
Nesse sentido, o ilustre professor Pinto Ferreira, cuja presença na triste cena tortuosa confere uma maior fidedignidade, elucida essa relação: "Demócrito de Souza Filho foi o grande maqui da resistência contra o fascismo caboclo, que viveu e morreu em um anoitecer glorioso pleno de tragédia, no meio das duas instituições que mais amava: a Faculdade de Direito e o Diário de Pernambuco".
Essa ousada resistência influenciou de plano o movimento estudantil de nosso Estado, mais precisamente da Faculdade de Direito, fazendo com que o então Centro Acadêmico XI de Agosto, em uma alusão à criação dos cursos jurídicos em nosso País, fosse substituído pelo Diretório Acadêmico Demócrito de Souza Filho (DADSF), cuja atuação destaca-se pelas marcas levadas no nome do nosso patrono: ousadia, coragem, história.
Ousadia traduzida na produção literária de todas as ordens advinda da inquietude acadêmica na mais que centenária criação da Revista Estudantes, da qual participaram nomes como Barbosa Lima Sobrinho, Manoel Bandeira, Ariano Suassuna, Gláucio Veiga, Cláudio Souto, Pinto Ferreira etc. Ousadia na efervescência cultural sempre presente na Faculdade de Direito e revigorada com as últimas edições dos Festivais de Cultura, da Revista Literária A Summa, dos saraus estudantis.
Coragem no enfrentamento ao autoritarismo de alguns docentes e diretores, na resistência contra o regime militar consubstanciada na expulsão de cinco estudantes da Faculdade, bem como na última greve estudantil, denunciando à sociedade a situação de deficiência estrutural por que passa a FDR, bem como à insuficiente qualidade de ensino, fruto do sucateamento da universidade pública nos anos FH, Paulo Renato.
Por fim, cabe dizer que respeitar a tradição de Demócrito é continuar fazendo história e é nessa história de 60 anos de democracia e luta, que o DADSF pretende disputar a reforma da educação superior de nosso País, includente, socialmente referenciada e que coloque a universidade pública como um dos principais atores no recrudescimento do caráter republicano do Estado Democrático de Direito, combatendo as desigualdades e construindo uma democracia de alta densidade, sonho de Demócrito e de tantos bravos companheiros.
O Movimento Faculdade Interativa não esquece! Texto de Izac Menezes, membro do Interativa e ex-presidentee do Diretório Acadêmico Demócrito de Souza Filho (DADSF), publicado no Diário de Pernambuco em 03/03/2005.
Há exatos sessenta anos, no dia 3 de março de 1945, o companheiro Demócrito de Souza Filho era assassinado pelas fileiras do autoritarismo da ditadura varguista do Estado Novo, quando, após uma passeata onde levava o estandarte vermelho dos estudantes da Escola do Recife, como ficou conhecida a Faculdade de Direito, rumo ao Diário de Pernambuco, protestava contra o regime autoritário de Vargas, em uma brava luta pelas liberdades democráticas. Inclusive, bastante representativo foi o destino dessa ousada passeata, qual seja, o Diário de Pernambuco, que traduzia a liberdade de Imprensa então cerceada, tão cara na simbologia da luta de Demócrito.
Nesse sentido, o ilustre professor Pinto Ferreira, cuja presença na triste cena tortuosa confere uma maior fidedignidade, elucida essa relação: "Demócrito de Souza Filho foi o grande maqui da resistência contra o fascismo caboclo, que viveu e morreu em um anoitecer glorioso pleno de tragédia, no meio das duas instituições que mais amava: a Faculdade de Direito e o Diário de Pernambuco".
Essa ousada resistência influenciou de plano o movimento estudantil de nosso Estado, mais precisamente da Faculdade de Direito, fazendo com que o então Centro Acadêmico XI de Agosto, em uma alusão à criação dos cursos jurídicos em nosso País, fosse substituído pelo Diretório Acadêmico Demócrito de Souza Filho (DADSF), cuja atuação destaca-se pelas marcas levadas no nome do nosso patrono: ousadia, coragem, história.
Ousadia traduzida na produção literária de todas as ordens advinda da inquietude acadêmica na mais que centenária criação da Revista Estudantes, da qual participaram nomes como Barbosa Lima Sobrinho, Manoel Bandeira, Ariano Suassuna, Gláucio Veiga, Cláudio Souto, Pinto Ferreira etc. Ousadia na efervescência cultural sempre presente na Faculdade de Direito e revigorada com as últimas edições dos Festivais de Cultura, da Revista Literária A Summa, dos saraus estudantis.
Coragem no enfrentamento ao autoritarismo de alguns docentes e diretores, na resistência contra o regime militar consubstanciada na expulsão de cinco estudantes da Faculdade, bem como na última greve estudantil, denunciando à sociedade a situação de deficiência estrutural por que passa a FDR, bem como à insuficiente qualidade de ensino, fruto do sucateamento da universidade pública nos anos FH, Paulo Renato.
Por fim, cabe dizer que respeitar a tradição de Demócrito é continuar fazendo história e é nessa história de 60 anos de democracia e luta, que o DADSF pretende disputar a reforma da educação superior de nosso País, includente, socialmente referenciada e que coloque a universidade pública como um dos principais atores no recrudescimento do caráter republicano do Estado Democrático de Direito, combatendo as desigualdades e construindo uma democracia de alta densidade, sonho de Demócrito e de tantos bravos companheiros.
O Movimento Faculdade Interativa não esquece! Texto de Izac Menezes, membro do Interativa e ex-presidentee do Diretório Acadêmico Demócrito de Souza Filho (DADSF), publicado no Diário de Pernambuco em 03/03/2005.


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